A meta é tornar a capital mineira polo nacional do agronegócio.
A partir do ano que vem, o grupo Uai e a Fundação Doimo vão implantar em Belo Horizonte e Região Metropolitana cinco mercados onde o pequeno agricultor poderá comercializar sua produção sem ter que passar pelo atravessador que hoje fica com a maior parte do lucro. Queremos que a mercadoria saia das mãos de quem produz para as mãos de quem consome’, esclarece o presidente da Fundação Doimo, Elias Tergilene. Hoje de cada R$100 vendidos no supermercado, o pequeno produtor fica com apenas R$14 do valor total bruto comercializado. Mudar essa política de preços na cadeia produtiva faz parte do projeto Mercado de Origem, que já conseguiu resolver a questão de logística e da armazenagem da produção.
Tergilene esclarece que implantar a distribuição direta da produção garante uma melhor margem de lucro para o produtor, que poderá receber pelo menos 50% do valor da sua mercadoria. Essa nova politica de lucros vai beneficiar também o consumidor que contará com preços mais baixos, ressalta o presidente da Fundação Doimo..
Além dos pequenos produtores irão fazer parte do projeto Mercado de Origem, detentos de presídios de Ribeirão das Neves e famílias da comunidade quilombola, de Moeda. As duas cidades estão na região metropolitana de Belo Horizonte.
Os Mercados de Origem vão funcionar em Belo Horizonte na Zona Sul, nos bairros Padre Eustáquio , Santa Teresa, Venda Nova e na cidade de Ribeirão das Neves , na região Metropolitana. O projeto Mercado de Origem prevê um investimento da ordem de R$ 115 milhões de reais
Nesses espaços vão ser instalados quatro mil pontos de vendas assim distribuídos : no Mercado de Origem da zona sul vão ser 1 mil pontos , em Santa Tereza 800 , no Padre Eustáquio 400 , em Venda Nova 500 e em Ribeirão das Neves 1, 5 mil “Se cada empreendedor contratar uma pessoa vão ser gerados diretamente quatro mil empregos e no campo pode multiplicar este número por 10’, comemora Tergilene.
Além da geração de emprego e renda, o Projeto Mercado de Origem valoriza o homem do campo. No Brasil, a agricultura familiar é responsável por 70% dos alimentos que chegam à mesa da população. O Censo Agropecuário de 2017 mostra que a agricultura familiar responde por 80% do valor de produção de mandioca, 58% de leite, 48% de café e banana e 42% de feijão. O censo revela ainda que as pequenas propriedades empregam dez milhões de pessoas – 67% da mão de obra do campo.
Tradição, qualidade e entretenimento
Quem visitar um Mercado de Origem, além de encontrar gêneros alimentícios de qualidade e diversificados poderá, por exemplo, comprar artesanato, apreciar uma boa comida e bebidas no setor de gastronomia. Tudo preparado para valorizar a tradição e os costumes de Minas Gerais. Paralelo a esse comércio, o mercado vai oferecer ao visitante setores para embelezamento pessoal e para entretenimento das crianças. “ A família que for fazer compra, pode cuidar da aparência, se divertir, tomar uma cerveja, comer um tira-gosto e ainda deixar as crianças brincando, ” garante Tergilene.
E as novidades no circuito dos Mercados não param. O projeto prevê ainda a criação de um setor exclusivo para a cervejaria artesanal produzida no Estado, com pontos de vendas fixos. “Queremos que Minas Gerais se torne a Bélgica brasileira onde a cultura cervejeira é um dos atrativos turísticos”, anuncia o presidente da Doimo. O Mercado de Origem terá também um espaço exclusivo para o público assistir leilões de cavalos online com venda de artigos equestres, bebidas, comidas típicas e muito mais.
Detentos e quilombolas na agricultura sustentável
Em Ribeirão das Neves, o Mercado de Origem contará também com gêneros alimentícios plantados e colhidos pelos presos que cumprem pena privativa de liberdade nos presídios da cidade. O projeto de geração de renda e emprego da Fundação Doimo e Grupo Uai contempla a inclusão social e tem como objetivo valorizar o trabalho da população carcerária. Para incrementar ainda mais a inciativa foram adquiridas duas fazendas cujo trabalho seguirá a estratégia da agricultura sustentável e que servirão de modelo. .
Uma fazenda fica em Ribeirão das Neves, a 32 km de Belo Horizonte. A outra fica em Moeda, bem próxima do Mercado de Origem da zona sul. A fazenda de Moeda além dos pequenos agricultores abrirá espaço de plantio , produção e renda para as famílias da comunidade quilombola.
Projeto Retrofit
O Grupo Uai e a Fundação Doimo atuam também na revitalização e restauração de patrimônios abandonados nas capitais. Após recuperado , o imóvel é transformado em um espaço para instalação de novos empreendimentos como por exemplo, feiras, mercados e shoppings.
Além de contribuir para recuperar os imóveis, na maioria das vezes muito degradados, o projeto gera também emprego e renda para a construção civil. Por outro lado, a arquitetura e o patrimônio das cidades beneficiadas ficam preservados e valorizados.
Com o Projeto Mercado de Origem a Fundação e o Grupo Uai querem contribuir além da geração de emprego e renda para incrementar o turismo interno e externo na capital mineira. Somos parceiros do desenvolvimento econômico e social, tanto na área urbana quanto na rural , e oferecemos além de melhores condições de vida para o cidadão a oportunidade de vivenciar o turismo e conhecer a cultura dos pais, conclui o presidente da Fundação Doimo.